sábado, 22 de fevereiro de 2014

A saúde das térmicas

As termelétricas foram instaladas no Brasil como usinas que garantiriam a segurança do sistema elétrico, ou seja, deveriam ser acionadas somente em situações emergenciais, muitas vezes para se garantir que o nível dos reservatórios das hidrelétricas não fossem reduzidos evitando-se, assim, um racionamento de energia, o temido apagão. Em nome desta segurança assassinou-se a eficiência. A maioria de nossas termelétricas opera com baixos níveis de eficiência. Enquanto se pode chegar a eficiências superiores a 55% em usinas termelétricas de ciclos combinado, na maioria das usinas a gás no Brasil, a eficiência não passa de 35%. Em usinas a biomassa e carvão, os números são ainda mais baixos. Com esta baixa eficiência, as emissões específicas, por MegaWatt-hora, são altas.
Outro aspecto importante é que os equipamentos que compõem estas termelétricas são fabricados para funcionarem, ou seja, produzirem energia. O fato de não estarem constantemente despachados ou serem despachados esporadicamente cria uma série de problemas de conservação e manutenção, sem falar dos custos de manter estes ativos inoperantes. Nossas usinas já estão chegando a mias de dez anos de vida, e se faz necessário termos ferramentas para mantê-las saudáveis, ou iremos pagar em dobro; pela compra de novos equipamentos e pela reposição dos que aí estão.

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